Nossos cérebros recusam a ideia de quatro dimensões, hipercubos, mecânica quântica ou um universo infinito, e de forma compreensível.
Mas a nossa massa cinzenta é geralmente adepta de processamento de dados sensoriais dos objetos mundanos e experiências da vida diária. No entanto, existem algumas exceções gritantes.
Portas
![](http://blog.tools.sisgel.com/files/2010/11/portas_abertas.jpg)
Você sempre entra em uma sala com algum propósito em mente – para consegui algo, talvez? – Apenas para esquecer completamente o que seria feito? Acontece que, se as portas são culpadas por este estranho lapso de memória isto é muito entranho.
Seu cérebro arquiva longe dos pensamentos que você teve na sala anterior, e prepara uma lousa em branco para a nova localidade. Limitar eventos mentais geralmente nos ajuda a organizar nossos pensamentos e memórias como nós nos movemos em o mundo contínuo e dinâmico, mas quando estamos tentando lembrar aquela coisa que veio aqui para fazer …ou se…ou talvez encontrar…podendo ser um fato frustrante.
Bips
![](http://guiadicas.net/fotos/2010/01/para-que-servem-os-bips-do-computador.jpg)
Nosso sistema de percepção evoluiu para usar essa decadência para entender o caso – para descobrir o que fez o som, e de onde veio. Bips, por outro lado, são como automóveis a aproximadamente 100 km/h, que de repente, bate numa parede, ao invés de gradualmente diminuir até parar. O som não muda ao longo do tempo, e ele não desaparece assim do nada, nossos cérebros ficam confusos sobre o que são e de onde eles vêm.
Fotos
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGp6C6BX_P6u9wUz9Hn0pGsdQnzounzZmKHfndQ3fz2ZE0WBtdCLXHGczpLJIw9T74LLPn4Ie7lmR_e9IZNZ4CYUm5ZH0_zK50MdjRx8Kaw9-S5QeIds7MKVfih9fQIre5LoDfXyvHfcZg/s400/ilusao-otica-real.png)
Assim como nós não nos acostumamos com os bips, também não nos acostumamos a ver fotografias. Como sua avó, que aprende a usar a Internet, mas nunca desenvolve uma sensação intuitiva, nós conscientemente “pegamos” as fotografias, mas nosso cérebro subconsciente não consegue separá-las dos objetos ou pessoas retratadas.
Caso em questão: Estudos mostram que as pessoas são muito menos precisas quando jogam dardos em fotos de JFK, bebês ou pessoas que gostam do que quando jogam dardos em Hitler ou seu pior inimigo. Outro estudo descobriu que as pessoas começaram a suar profusamente quando é pedido para que elas cortassem fotografias de suas posses estimadas de infância. Na falta de milhões de anos de prática, nossos cérebros se confundem quando se trata de separar a aparência da realidade.
Celular
![](http://ed.img.todaoferta.uol.com.br/guias/celulares_3G/celulares_3G_02.jpg)
Você já se sentiu o telefone vibrar no bolso ou na bolsa, só por estar sentindo falta de algo ou alguém? Se, como a maioria das pessoas, você ocasionalmente experimentar estas “vibrações fantasmas”, verifica-se que é porque seu cérebro está saltando na direção errada na tentativa de dar um alívio a essa sensação de falta.
Os cérebros são bombardeados com dados sensoriais, que devem filtrar o ruído inútil, e reter os sinais importantes. Em tempos pré-históricos estaríamos constantemente mal interpretando os pedaços de madeira no meio da selva como se fossem cobras. Hoje, estamos rodeados de tecnologia, e assim nossos cérebros interpretam mal várias situações, desde o farfalhar de roupas para o bramido do estômago, pulando para a conclusão de que estamos recebendo uma chamada ou torpedo, e realmente levando-nos a sensação completa da vibração do telefone.
Rodas
Já reparou como as rodas do carro podem parecer estarem girando para trás nos filmes? Isto é porque as câmeras de cinema capturam imagens de uma cena a uma proporção finita, e o cérebro preenche as lacunas entre estas imagens, criando a ilusão de movimento contínuo entre os quadros semelhantes.
Se a roda gira mais em torno do caminho entre um quadro e outro, o sentido mais óbvio do movimento para o cérebro é para trás, uma vez que esta direção sugere a mínima diferença entre os dois quadros.
No entanto, as rodas também podem parecer girarem para trás na vida real, apesar de ser mais estranho. A principal teoria para explicar a chamada “ilusão da roda contínua da carroça”, como é conhecida, afirma que o movimento de percepção do cérebro, mostra o sistema da sua entrada como uma série de imagens discretas, bem como uma câmera de filme. Assim, nossos cérebros estão efetivamente a filmar seus próprios filmes do mundo externo, mas nem sempre em uma proporção tão rápida o suficiente para perceber as rodas girando no cenário da maneira certa, tal efeito acaba sendo gerado.
FONTE: Jornal da Ciência
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